Proexc recebe Macaé Evaristo para Seminário Nacional de Educação na UFU

por: Bárbara Fernandes, estagiária em graduação, ObEXC
07/12/2017 - 14:21 - atualizado em 20/12/2017 - 18:06

Aconteceu entre os dias 02 e 05 de dezembro, nas dependências da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mais uma edição do Seminário Nacional de Educação para as Relações Étnico-Raciais. O evento foi direcionado a pesquisadores em diferentes níveis da formação cientifica, profissionais da Educação Básica, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, bem como coordenadores pedagógicos, supervisores de ensino, movimentos sociais, produtores culturais e ativistas da luta antirracista.

Foto: Milton Santos

Luciane Ribeiro Dias Gonçalves, professora no campus Pontal - Facip/UFU, membro da comissão organizadora do evento, explica que o seminário encerra um ciclo na formação de professores do Curso de Educação Para As Relações Étnico-Raciais. Segundo Gonçalves, o evento também buscou discutir a mudança na concepção de escola, para uma organização mais diversa, além de medidas de combate ao racismo no meio acadêmico.

Rosa Margarida de Carvalho Rocha, escritora e professora, coordenadora pedagógica do curso em Uberlândia e membro do Conselho de Política e Igualdade Racial de Araguari (MG) esclarece que o curso representa uma oportunidade de formação de docentes para efetivação na escola da lei 10.139 (que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira). “É uma oportunidade de reflexão e fundamentação teórica para ações efetivas na luta contra o racismo no ambiente escolar”, afirma.

Para prestigiar o acontecimento e debater os rumos do ensino brasileiro quanto a temática étnica-racial, estiveram presentes no evento delegações de Paracatu, Ituiutaba, Uberaba, Campo Florido e Araguari. “Está sendo uma experiência ímpar, foi de grande aprendizagem para o ano de 2017”, relata Eliezer José de Oliveira, participante dos módulos do curso, e presente no evento.

A programação do seminário abriu espaço para conferências com pesquisadores (a) negros de grande conhecimento cientifico na área; mesas redondas, apresentação de pôster acadêmicos, relatos de experiências, apresentações culturais e seções temáticas para exposição de trabalhos. Dentre os convidados estava a Secretária de Educação do Estado de Minas Gerais, Macaé Maria Evaristo dos Santos, que fez um balanço de como se deu a mudança no padrão acadêmico nas escolas estaduais de Minas Gerais.

A professora Macaé destacou a importância da criação dos Núcleos de Pesquisa e Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Diáspora (Ubuntu/Nupeeas), responsáveis por projetos de iniciação científica no Ensino Médio da Rede Estadual de ensino mineira. “O objetivo do programa é constituir núcleos de pesquisa nas escolas de Ensino Médio, organizados e coordenados por professores, mas com a participação dos estudantes. É um trabalho coletivo”, afirma.

Macaé Maria Evaristo dos Santos - Foto: Milton Santos

Nesse contexto, Rosa Margarida salienta que nunca foi tão necessário a presença da academia (universidade) em diálogo com a Educação Básica como agora, e que essa interlocução é fundamental. A educação básica agora busca deixar ser objeto de pesquisa para ser protagonista nessa pesquisa”, finaliza.

 

Serviço - Equipe Observatório de Extensão e Cultura (ObEXC Proexc): Bárbara Fernandes, estagiária de graduação em Jornalismo; Eduardo Gomes, estagiário de graduação em Design; e supervisão de José Amaral Neto, coordenador do ObEXC.